quinta-feira, 19 de julho de 2007

as palavras ardem dentro de mim mas já não me queimam (são chama débil) qualquer tentativa de reacendê-las por completo é infrutífera mas o fruto verdadeiro amadurece lá em casa não como os abacates e seu silêncio verde amadurece com um sorriso (aceso na luz do dia) nos lábios e com uma ferrenha vontade de vida (morde a vida e meus dedos e meus joelhos) minha filha esta poesia / processo (como queria Samaral) que corre ri mija chora e dorme com seus macacos coelhos bonecas e sonhos uma poesia para o futuro um poema que talvez não veja concluído mas que se inicia e se conclui em si mesmo que paixões despertará este poema vivo? que poesia despertará? a mim basta o que hoje desperta: as palavras que ardem dentro de mim fora de mim arde sua presença ESTHER